Resumo Executivo
A economia brasileira em junho de 2025 enfrenta um cenário de desafios e oportunidades. O crescimento do PIB demonstra resiliência, com alta de 1,4% no primeiro trimestre, mas a inflação persistente, projetada em 5,5% para 2025 (Focus), exige uma postura contracionista do Banco Central, que mantém a Selic em 14,75%. O câmbio, volátil e pressionado, opera em torno de R$ 5,85, refletindo incertezas fiscais e um ambiente externo adverso. Nos mercados, o Ibovespa mostra desempenho setorial misto, enquanto a renda fixa atrai investidores com taxas elevadas. As projeções para 2025 e 2026 indicam um crescimento moderado, condicionado à execução da política fiscal e à dinâmica do comércio global. A recomendação é de cautela, com portfólios equilibrados entre proteção inflacionária (títulos IPCA+) e exposição a setores exportadores resilientes.
SELIC (ATUAL)
14,75%
Fonte: Banco Central
IPCA (PROJ. 2025)
5,5%
Fonte: Boletim Focus
CÂMBIO (USD/BRL)
~R$ 5,85
Cotação em 02/06/2025
IBOVESPA
125.400
Fechamento Maio/2025
Cenário Macroeconômico
Análise detalhada dos principais indicadores que moldam a economia brasileira, incluindo crescimento, inflação, juros e comércio exterior. Os gráficos abaixo ilustram as tendências recentes.
PIB Trimestral (QoQ & YoY)
Fonte: IBGE. Última divulgação (T1 2025): +1,4% QoQ, +3,0% YoY.
IPCA Mensal (Últimos 12 Meses)
Fonte: IBGE. Acumulado 2025: 2,8%. Proj. Focus: 5,5%.
Evolução da Taxa Selic
Fonte: Banco Central. Taxa atual: 14,75%.
Câmbio (USD/BRL) - Média Mensal
Fonte: Banco Central. Cotação em 02/06/2025: ~R$ 5,85.
Mercados Financeiros
Análise do desempenho dos principais mercados, incluindo a bolsa de valores, renda fixa e o comportamento das commodities essenciais para o Brasil.
Evolução do Ibovespa (Últimos 6 Meses)
Fonte: B3. P/L Médio: 8.2x.
Preços de Commodities (em R$)
Fonte: Relatórios de Mercado.
Taxas de Renda Fixa (02/06/2025)
Título | Vencimento | Taxa Anual | Fonte |
---|---|---|---|
NTN-B (IPCA+) | 2027 | 6,80% | B3 / ANBIMA |
NTN-B (IPCA+) | 2030 | 7,10% | B3 / ANBIMA |
LTN (Prefixado) | 2027 | 14,20% | B3 / ANBIMA |
LTN (Prefixado) | 2030 | 14,50% | B3 / ANBIMA |
Projeções e Cenários de Risco
Explore as projeções para os principais indicadores econômicos em diferentes cenários. Selecione uma opção abaixo para atualizar os gráficos e as análises.
Cenário Base
As projeções indicam um crescimento moderado com inflação convergindo lentamente para a meta. A Selic deve permanecer elevada para ancorar as expectativas, e o câmbio estável, porém em patamar depreciado.
Projeção de Crescimento do PIB (%)
Projeção de Inflação IPCA (%)
Projeção da Taxa Selic (%)
Projeção do Câmbio (Média Anual R$)
Análise de Sensibilidade e Riscos
Risco Cambial
Uma variação de +10% no câmbio (desvalorização do Real) pode adicionar aproximadamente 0,6 p.p. ao IPCA acumulado em 12 meses.
Risco de Juros
Uma alta inesperada de +0,5 p.p. na Selic tende a impactar negativamente o Ibovespa em cerca de -5% a -7% no curto prazo.
Risco Fiscal
Cada 1 p.p. de aumento no gasto público primário como proporção do PIB pode elevar o prêmio de risco do título do tesouro de 10 anos em 25-40 bps.
Metodologia e Fontes
Os dados apresentados foram coletados de fontes oficiais e relatórios de mercado com data de corte em 02 de junho de 2025. As projeções são baseadas em modelos estatísticos simples para fins ilustrativos.
Modelos de Projeção:
- PIB: Regressão linear simples sobre os últimos 8 trimestres de dados dessazonalizados.
- Inflação: Média móvel de 6 meses ajustada por cenários de câmbio e expectativas do Focus.
- Selic: Baseado na curva de juros futuros (DI-Futuro) e projeções de mercado (ANBIMA, Febraban).
Principais Fontes:
- IBGE: PIB, IPCA.
- Banco Central do Brasil (BCB): Taxa Selic, Câmbio, Boletim Focus.
- B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão: Ibovespa, dados de negociação de ativos.
- ANBIMA, Febraban, Itaú, Bradesco: Relatórios de projeções de mercado.
Nota de Divergência:
Identifica-se uma leve divergência nas projeções da Selic para o final de 2025. Enquanto o Boletim Focus aponta para um consenso mais próximo de 14,5%, as projeções de tesourarias de bancos (Febraban) e a curva de juros indicam um viés de alta, com a taxa podendo permanecer em 15% ou mais, refletindo maior cautela com o cenário fiscal.